No livro "Modernidade Líquida", Zygmunt Bauman usa a metáfora da “liquidez” para caracterizar o estado da sociedade de nosso tempo que, como líquido, é incapaz de manter a forma fixa, estática. Sua agilidade, ao contrário da antiga “modernidade sólida”, faz com que na “modernidade líquida” as instituições, os estilos de vida, crenças e convicções mudem antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades “auto-evidentes”. Nesse sentido, o tempo também se liquefaz. As pessoas quando falam antigamente, se referem a 30 ou 40 anos atrás, e quando dizem “para sempre”, estão se referindo a duração de 10, 20 anos. A mídia hoje é líquida. Não necessariamente usamos cabos, fios e papel para nos comunicar, estejamos onde for. As distâncias se relativizam. As artes e os meios de comunicação se convergem... Vinil, cassete e CD são apenas recipientes para a obra musical, como o livro para as palavras. Usamos ferramentas materiais, para construir o imaterial...desenvolver o intelecto...já descobrimos que nosso bem mais precioso é a água. Hoje percebemos a interdependência total inerente a todos os habitantes da Terra. É impossível ficar indiferente ao que acontece ao nosso redor, como é impossível não mexer o corpo ao estímulo de ondas sonoras...é a busca natural da harmonia entre as coisas, como o Bambu que vai e vem cedendo ao vento, envergando para não quebrar, como o rio que corre pro mar que corre pro rio....que corre pro mar. Tudo é física, química e matemática, símbolos e letras.......e a Cultura hoje é Líquida.∆
Leo Fiorito
do Lat. cultura
s. f.,
acto, efeito de cultivar.
do Al. kultur
s. f.,
desenvolvimento intelectual, saber;
utilização industrial de certos produtos naturais;
estudo, elegância;
esmero;
conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade;
civilização.
Líquida do Lat. liquidu
adj.,
que flui ou corre tendendo sempre a tomar a forma dos vasos que o contêm;
fig.,
livre de descontos ou despesas;
verificado;
Gram.,
diz-se dos fonemas consonânticos cuja produção combina uma oclusão com uma abertura vocálica, que se subdividem em vibrantes (r) e líquidas (l);
s. m.,
estado da matéria, intermédio entre o gasoso e o sólido, no qual as partículas constituintes se movem com facilidade e que, por isso, se caracteriza por ter volume próprio, mas não forma própria;
qualquer corpo no estado líquido;
bebida;
alimento líquido.
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1 comment:
Parabéns pelo trabalho, Sr. Leonardo Fiorito.
Um abraço
Cristiano Segatto
crissegatto@hotmail.com
São Paulo
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